
por
Dorotéo Fagundes
Buenas gente amiga, reverenciado nas páginas das datas comemorativas profissionais e sociais no Livro Agenda Gaúcha, lembramos que nos dias: 30 é dos Ferroviários e Nacional da Mulher; 1º de maio, do Trabalhador; 02 do Ex-combatente; 03 da Liberdade de Imprensa; 04 do Trabalhador da Construção Pesada; 05 de Rondon e Nacional das Comunicações. Assim agradecendo à Deus o privilégio de escrever e de ser lido, o invoco para dizer sobre LEMBRAR É PRECISO!
No dia 27 de abril, fez dez anos que o
compositor e cantor gaúcho GALILEU ARRRUDA partiu para os palcos do além. Nós
éramos amigos, nos conhecemos em Porto Alegre, na Pulperia em 1983 e convivemos
nos festivais nativistas e na década de 90, muito nos divertimos na Cidade
Baixa em boemias de canto, prosa e água que passarinho não bebe, em altos papos
que concordávamos e discordávamos, tentando concertar o mundo.
De talento aguçado, Galileu era músico e publicitário nato, pitava desesperadamente o que o levou ao óbito em 2012, aos 59 anos de câncer, tendo realizado uma brilhante carreira, tanto na música quanto na publicidade, aonde foi um dos maiores produtores de jingles que Porto Alegre pariu. Na música saiu vencendo em 1971 o primeiro MUSIPUC, daí em diante o Rio Grande e o Brasil ganharam mais uma estrela, que brilhou no MPB SHELL, festival nacional revelador de grandes artistas, tempo em que a GLOBO governava o Brasil. Isso fez com que o Rio de Janeiro nos roubasse por um bom tempo nosso Galileu o legítimo MAGRO DE GRAVATA que conquistou a admiração dos grandes nomes nacionais da música, tanto que a Fafá de Belém bebeu na fonte de suas obras, gravando-as.
Aqui, Zé Caradipia foi seu grande parceiro, foi astro nos palcos festivaleiros, principalmente no MUSICANTO de Santa Rosa, lançou vários álbuns como Pulsação, O Dia da Virada, Fechadão Feito um Lobo Olhando pra Lua. De suas obras regionalistas gaúchas, a que todo mateador canta, sonhando com sua prenda, é a PARAGUAITA, que ele adorava interpretar, (ninguém canta melhor que o autor), sem desmerecer as mais de 5 versões realizadas dessa música por Daniel Torres, Osvaldir e Carlos Magrão, Elton Saldanha e Rui Biriva, que nos seduz, versejando assim:
1. Digo adeus meus companheiros
Vou me despedindo
Pra nossa jornada
Eu hoje estou entregando
O coração por ela
Minha namorada
2. Linda chiquita
Vou na tardezita
Pra levar presentes
Dizer que te quero
Com léguas de chita
Atravessando a ponte
Do Rio Paraná
3. Paraguaita
Me mostre um sorriso
Da boca bonita
Ao abrir a porta
Da casa que habita
Onde vou fazer
O meu amor morar
4. Prenda bendita
Eu só quero ser
A flor dos teus cabelos
Ficar olhando
Assim eternamente
Em teus olhos negros
Para pensar: Por essas e
outras que um artista nunca morre e lembra-los é preciso!