
por Dorotéo Fagundes
Buenas meu pago, reverenciado nas páginas das datas comemorativas profissionais e sociais no Livro Agenda Gaúcha, lembramos que nos dias: 27 é da Mata Atlântica, do Profissional Liberal e dos Meios de Comunicação; 28 do Ceramista e do Gráfico; 29 do Estatístico, Geógrafo e do Sociólogo; 30 do Decorador e do Geólogo; 31 Enxadrista, Comissário de Bordo e Mundial do Combate ao Fumo; 01 da Imprensa. Assim agradecendo à Deus o privilégio de escrever e de ser lido, o invoco para dizer sobre A NOVA ESTRELA QUE BRILHOU NO THEATRO SÃO PEDRO!
O Theatro São Pedro de Porto Alegre,
foi idealizado em 1833, (quando o presidente da província era Manoel Antônio
Galvão), e foi rearquitetado em 1849 pelo alemão Georg Karl Phillip Theodor von
Normanm, (Felipe Normann), até que em 27 de junho 1858 foi inaugurado, (justamente
na presidência de Ângelo Munis da Silveira Ferraz), o então Barão de Uruguaiana.
Passados 164 anos de história, o maior templo
artístico rio-grandense, que orgulha o povo gaúcho e brasileiro, apresentou e
segue apresentando, tudo de bom que se produziu no Estado, no Brasil e no
Exterior, em espetáculos teatrais e musicais, plasmando noites memoráveis que
estão impregnadas em sua estrutura neoclássica histórica. Até que no dia 22 de
maio de 2022, ás 20 horas, suas cortinas se abriram para um público seleto, que
lotou o nobre recinto, curioso para assistirem o espetáculo de RENATO FAGUNDES
e Grupo, cantando Luiz Menezes.
Eu sou testemunha, mas muito suspeito para
falar dessa noitada, por se tratar de um espetáculo aonde figuraram dois de
meus filhos, o arranjador e o ator principal, mas peço que não me levem à mal,
pois a experiência de 50 anos de palcos, dezenas como jurado dos principais
festivais de música do estado, de ter presenciado diversos espetáculos internacionais,
como por exemplo em Buenos Aires, Argentina, Paris, New York na Broadway, por
achar que tenho a vaidade curada, me sinto credenciado para dizer com muita
certeza, sobre o que passou nesse evento de culto a um ídolo gaúcho chamado Luiz
Menezes.
O elenco formado por uma dezena de
músicos de formação clássica, que vinham e iam fazendo o colorido musical do
show, que teve da gaita ponto ao piano, do bombo legueiro a bateria, do violão
a guitarra elétrica, ao violoncelo, do sax ao clarinete, fez o público vibrar somado
ao desempenho do cantor que emocionou a todos, contagiados pelo seu carisma de
palco, timbre de voz afinada, entoando as letras de profundo sentimento
romântico, social, campeiro e espiritualizado do autor Luíz Menezes, em
arranjos ricos, modernos do talento de Antônio Flores Neto, irmão do cantor,
desenvolvidos por uma impecável produção sonora e de iluminação, que sem
dúvidas gerará um DVD premiado.
Renato Fagundes de Abreu Sobrinho, cria
da capital gaúcha com o DNA de fronteiriço, aos 36 anos de vida, com um quarto
de século de arte, é um fruto maduro para qualquer plateia no mundo; honrou a
qualidade artística e poética do ilustre quaraiense homenageado, (que fez
caminho e continua sendo luz a nossa arte regional e que dê certo estava lá
intuindo, aquecendo os corações, para o interprete das suas obras passar o seu
real sentimento); Renato honrou a elite de músicos acompanhantes, que juntos
foram ovacionados pelo belo público, que pediu bis e aplaudiu em pé o
espetáculo, que findou com a extraordinária obra Rio Quarai, letra de Menezes e
música em parceria de Renato, Antônio e Isabel Laryan a produtora iluminada do
projeto.
Para pensar: Um pai tem a
missão de amadrinhar a caminhada dos filhos, sendo exemplo, advertindo, criticando,
mas tem a obrigação de ser o primeiro aplaudir quando eles brilham.