A Tropa de Choque da Polícia Militar do Estado de São Paulo está desde o final da manhã desta quarta-feira, 2, tentando liberar a Rodovia Castelo Branco nos dois sentidos da rodovia. Desde a última segunda-feira, 31, manifestantes ocupam trechos de estradas do país contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula venceu nas urnas o presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
A tropa da polícia está usando balas de borracha, caminhões com jato de água e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Com bandeiras do Brasil e usando camisas nas cores verde e amarela, eles tomam as rodovias. Por meio de redes sociais, os grupos apoiadores de Bolsonaro seguem a mobilização. Pouco antes das 12, uma faixa já estava liberada.
Segundo a Polícia Militar de São Paulo, a dispersão está sendo realizada na altura do Km 36, na cidade de Barueri. Ao todo, a Polícia de São Paulo já liberou 109 vias no Estado. Outras 130 estão parcialmente liberadas e outras 20 seguem bloqueadas pelos manifestantes.
Na segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo adote “todas as medidas necessárias e suficientes” para liberar as rodovias ocupadas por caminhoneiros. O magistrado afirma que há “omissão e inércia” da PRF na desobstrução das vias.
Moraes determinou que a corporação e as Polícias Militares (PM) dos Estados identifiquem os caminhões utilizados nos bloqueios e informem à Justiça seus dados, para que os proprietários sejam multados. Em caso de descumprimento, o magistrado estabeleceu uma multa de R$ 100 mil por dia e o possível afastamento e prisão em flagrante do diretor-geral da PFR, Silvinei Vasques, por crime de desobediência.
Nesta terça-feira, o presidente da República fez o primeiro pronunciamento público após a eleição. Durante o discurso, Bolsonaro agradeceu pelos votos que recebeu no domingo e reconheceu o direito de manifestação dos eleitores.

 

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