Nacional
15/11/2022 18H41
Um
desses relatórios de fiscalização, obtido em primeira mão por O
Antagonista, conclui não ser “possível validar os resultados
gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015”.
O documento é assinado por Carlos Rocha, presidente do Instituto
Voto Legal (IVL); seu vice Márcio Abreu, engenheiro eletrônico, e o membro
associado Flávio Gottardo de Oliveira, engenheiro aeronáutico, ambos formados
no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).
Eles
partem da premissa de mau funcionamento das urnas eletrônicas antigas. Segundo
eles, estudos estatísticos teriam identificado “interferência
indevida nos percentuais de votação dos candidatos”.
“Para encontrar evidências de que este grupo de urnas
não teria funcionado corretamente, foi realizada uma análise inteligente
dos dados contidos nos arquivos Log de Urna de todos os modelos de urna
eletrônica, utilizados nas eleições de 2022.”
Para defender a tese de que houve fraude eleitoral, a equipe do IVL, contratada
pelo PL, diz que adotou procedimentos preconizados pelo Tribunal de Contas da
União (TCU), como auditoria de conformidade, auditoria operacional, inspeção,
acompanhamento e monitoramento.
Em parceria com a Gaio.io, um empresa de TI, construiu-se
uma base de dados com todos os arquivos de Boletim de Urna e Log de Urna dos
mais de 472 mil equipamentos usados na votação.
“Do ponto de vista técnico, quando gera um arquivo de Log de Urna
inválido, a urna eletrônica apresenta falha de funcionamento e confirma que
utilizou uma versão de código dos programas diferente da versão utilizada nas
urnas eletrônicas modelo UE2020, lacrada em cerimônia pública no TSE. Códigos
iguais de programas de urna eletrônicas geral arquivos válidos de Log de Urna.”
E ainda:
“Nesta perspectiva técnica, não é possível validar os resultados
gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015,
resultados estes que deveriam ser desconsiderados na totalização das eleições o
segundo turno, em função do mau funcionamento destas urnas.”
Na ação que está sendo finalizada, o PL também deverá atacar a
decisão de Alexandre de Moraes de arquivar as denúncias do “radiolão” e a
atuação do TSE no combate às fake news, sob o argumento de que houve
parcialidade do tribunal.
Na
semana passada, o Ministério da Defesa informou ao TSE não ter encontrado
evidências de fraude eleitoral na fiscalização realizada pelas Forças Armadas nas
urnas eletrônicas e pediu a criação de uma comissão técnica, alegando não ter
tido acesso a todos os dados necessários.
Por:
O Antagonista