Dando buenas me espalho lembrando como está no Livro Agenda Gaúcha 2022, (de edição 2023 já sendo distribuída com a história da Erva-mate e do Chimarrão), que dias 02 é da Astronomia, do Samba e do Sambista; 03 Internacional dos Deficientes Físicos; 04 Mundial da Propaganda; 05 da Cruz Vermelha Brasileira; 08 Nacional da Família e da Maçonaria Unida do RS. Assim grato a Deus por escrever e ser lido, o invoco para dizer sobre O DIA DO SAMBA.
 Há um ditado muito cantado que diz: “QUEM NÃO GOSTA DE SAMBA, BOM SUJEITO NÃO É, É RUIM DA CABELA OU DONTE DO PÉ”. Claro que não vamos ser radicais, mas há verdade no ditado, concordo que a maioria simpática ao samba é boa gente sim.
 Esse ritmo e ou a dança tem origem africana, mais precisamente do Lundu, trazido da Angola, muito usado nos rituais em cultos aos orixás, e que depois da liberação da escravatura saiu da senzala, ganhando o palco das ruas com as rodas de samba realizadas, dando origem ao samba de roda e de todos estilos que conhecemos modernamente, da capoeira ao samba de enredo do carnaval.
 O certo é que o samba é um ritmo nacionalizado, que mesmo vindo da Bahia, podemos considera-lo música regional do Rio de Janeiro, porque foi lá que a grande população africana livre brasileira se concentrou, em busca da sobrevivência, na sombra da corte, na capital mesmo que fosse também o império do racismo, pois no início as manifestações culturais africanas eram proibidas, daí que surgem e se estabelecem, os centros religiosos, os terreiros, locais onde a negritude se reunia para socialização em festividades.
 Relatos de historiadores dizem que o samba era sinônimo, significado de festa, derivado da palavra semba, dança em que os dançarinos se aproximavam fazendo a umbigada. O fato que nas primeiras décadas de 1900 o samba foi tomando o Rio de Janeiro e logo a país, pelo carnaval, tendo sido o primeiro samba registrado em 1916 pelo compositor Donga e Mauro Almeida, da letra e música intitulada, Pelo Telefone, daí as rádios se responsabilizaram em difundir o que virou patrimônio imaterial do Brasil, que tanto nos orgulha.
 Assim o samba urbano carioca se notabilizou no ritmo 2/4 e tomou conta dos salões e do coração brasileiro, tocado e cantado em andamentos variados, acompanhado por palmas, batucada, até sua atual instrumentalização pelo tambor, pandeiro, cuíca, cavaquinho, violão e gaita, no tempo gerou grandes compositores como, de Noel Rosa a Chico Buarque de Holanda, que narram temas de amor ao social e os inesquecíveis sambas canções dos gaúchos, Lupicínio Rodrigues e Túlio Piva.       
 Para pensar: De Lupicínio:Esses moços, pobre moços, Ah! Se soubessem o que eu sei; Não passavam aquilo que já passei...”

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