Buenas e me
espalho, daí como consta no Livro Agenda Gaúcha 2023, (que de agora
em diante revela a história da erva-mate e do chimarrão), o dia 6 de
janeiro é dos Santos Reis, o dia 7 da Liberdade de Culto e do Leitor, 8
Nacional da Fotografia e do Fotógrafo, 9 do Astronauta, 11 do Controle da
Poluição por Agrotóxicos. Assim,
agradecido à Deus por 2023, por escrever e ser lido, o invoco para dizer
sobre A
LENDA DA ERVA- MATE! ]
Como sabemos as tribos indígenas são caçadoras-coletoras ou seja, vivem em determinado lugar até escassearem os recursos naturais ao seu sustento, momento em que o líder e seus conselheiros, sugerem a mudança de lugar da aldeia. E foi numa dessas mudanças, que um veterano Cacique guarani se negou a partir, alegando estar velho, alquebrado, sem condições de enfrentar mais uma longa viagem, informou que ficaria ali até a sua morte.
Com isso, sua única filha a jovem e bela Yari, resolveu não abandonar o pai, dizendo que ficaria ao seu lado desejando felicidades aos que partiam, assim os dois unidos ficaram na selva que para a tribo já faltava recursos, mas que para a diminuta família sobrara caça, pesca, frutas e safras da pequena lavoura de mandioca.
O tempo foi passando, a tribo sumiu na mata e na distância, e a velhice avançava sob o guerreiro, conformado com seu fim, quando certo dia surge em seu acampamento um visitante estranho, pedindo pouso e comida, dizendo-se muito cansado pelos meses de sua viagem no território. Prontamente o forasteiro foi acolhido e assistido pelos dois moradores do lugar, recebendo alto grau de hospitalidade, respeito, atenção para que se recuperasse seguindo em sua jornada.
Os dias foram passando e o hóspede virou amigo, integrando-se no dia- a -dia dos dois, observando que o velho andava muito triste por ver sua filha passar a juventude ao seu lado, sem perspectiva de casamento, de filhos, de netos que herdassem a sua altivez, quando numa certa noite da selva, os três em comunhão á beira do fogo, cantavam, falavam histórias, o visitante contou sua verdade, dizendo que andava na terra a mando de Tupã, procurando alguém virtuoso para entregar-lhe um segredo.
Foi aí ,que do nada estendeu o braço e entregou à moça um galho com ramos de folhas verdes, mandando que ela plantasse e desse ao seu pai diariamente na água quente o Caá, revelando que era milagrosa planta curativa de todos os males, e batizou a moça com o sagrado nome de Caá-Yari, a Deusa dos Ervais, com a missão de multiplicar os ervais nas terras indígenas e ensinar todos irmãos de seu benefício e consumo.
Assim o forasteiro noutro dia partiu regozijado, e meses depois Caá-Yari com seu pai, reencontraram a Nação Guarani, cumprindo o mandado de Deus, tornando feliz e sadia as terras dos ervais que deram origem ao mate e ao chimarrão.
Para pensar: Tudo vem de ti Senhor, só os homens modernos que não querem entender isso!