Buenas e me espalho, daí como consta no Livro Agenda Gaúcha 2023, (que de agora em diante revela a história da erva-mate e do chimarrão), o dia 13 de janeiro é do Leonismo; 14 do Enfermo; 15 Mundial do Compositor; 17 dos Tribunais de Contas no Brasil; 19 do Barbeiro e do Cabeleireiro.  Assim, agradecido à Deus por escrever e ser lido, o invoco para dizer sobre, UM BRIGADIANO DESIGUAL!

 A Brigada Militar do Rio Grande do Sul é uma Instituição gigante em todos os sentidos, em função de seus integrantes do passado e do presente, tanto é verdade que várias vezes nos últimos 50 anos, assisti manifestos de crianças quando perguntadas o que seriam quando crescessem responderem: “eu quero ser brigadiano”. Isso é sintoma da força espiritual que a brigada imprime na sociedade, balizada na dignidade a partir de seu comando, pois se caso fosse diferente não teria durado tanto tempo, desde 1892 protegendo a sociedade gaúcha.

 Exalto isso para destacar uma personalidade que superou os muros dos quarteis da Brigada, nascido em 13 de janeiro de 1940, em São Borja, chamado JOSÉ HILÁRIO AJALLA  RETAMOZO. Era um homem simples, mas não comum, calmo, decidido, culto e fraterno, gaúcho de todos os costados, idealista que Deus permitiu em 2004, que subisse ao céu no dia 20 de setembro, o dia de todos os gaúchos e gaúchas!

 Eu o conheci quando Capitão Comandante da Unidade da Brigada Militar de Uruguaiana, na década de 1970, pois já artista estava em todos os lugares em que o povo estava e a Brigada também, por sua representatividade como atração pela banda, por seus oficiais e ou pelo policiamento nos eventos.   

 Daí uma feita em 1977, ele chegou com um convite muito especial, para ajudar a defender duas de suas obras na Califórnia da Canção, Arroz Carreteiro e O Tesouro do Jesuíta, como integrante do conjunto Terra Viva, de Santo Ângelo, e nunca mais nos perdemos, podendo com isso vibrar com sua história de militar, professor, advogado, escritor, ensaísta e poeta, autor de inúmeras obras de poesia e história do Rio Grande do Sul, membro da Academia Sul-rio-grandense de Letras, Diretor do Instituto Estadual do Livro, Membro e ex-presidente da Estância da Poesia Crioula, entidade de lides literárias essencialmente campeiras.

 Nosso amigo Retamozo, escreveu uma ponchada de livros, de poesias vencedoras de diversos festivais, destaco os Rodeios de Vacaria e a Calhandra de Ouro da Califórnia da Canção, com Canção dos Arrozais, até que depois de sua partida, seu conterrâneo Deputado Estadual Cassiá Carpes, sabiamente lhe denomina, pela Lei 4/2008, patrono do prédio do 2º Batalhão de Policiamento da área da Fronteira, chamado deste então Coronel José Hilário Ajalla Retamozo, o  imóvel situado à Rua José Oliveira Freitas, número 520, em São Borja, justa homenagem e propositadamente na sua cidade natal que lhe tem vivo, impregnado nas paredes do Batalhão, junto de seus versos escritos e musicados que o Rio Grande canta em cada safra de arroz, em cada reza nas missões cultuando o Tesouro dos Jesuítas, e com certeza ele é um dos tesouros.

 Para pensar: Dizem que o destino não se muda, mas a história dele sim, depende do ator em querer ser um bom ou um mau intérprete.