Buenas e me espalho, daí como consta no Livro Agenda Gaúcha 2023, (que nesta edição revela a história da erva-mate e do chimarrão), o dia 27 é do Orador; 28 do Comércio Exterior; 29 Mundial do Hanseniano; 30 da Saudade; 31 Mundial do Mágico; Dia 01 de fevereiro do Eletricista Gaúcho e do Publicitário; Dia 02 é de Iemanjá e do Agente Fiscal.  Assim, agradecido à Deus por escrever e ser lido, o invoco para dizer sobre O DIA DO MÁGICO!

Alguém até pode dizer, “mas o que isso tem a ver com regionalismo”??!, respondo que tudo, pois nós que vivemos neste Planeta, temos que ser um pouco de tudo, inclusive mágicos para fazer desaparecer da nossa volta e do nosso íntimo, tanta porcaria semeada pelo dito homem civilizado.

Os ilusionistas ou mágicos, estão em todas as culturas, (e cheios de folclore que é a ciência que estuda os fatos materiais ou espirituais de um povo, entregues de geração a geração sem ensaio formal, pela tradição), tendo o mágico a função de entretenimento popular iludindo o povo, o que me obriga outra pausa aqui para uma analogia com nossos políticos, (todos são mágicos, fazem desaparecer somas faraônicas de dinheiro e ninguém sabe aonde vai parar), voltando ao tema sem ofender os mágicos de verdade, essa é junto ao teatro uma das mais antigas formas de entretenimento, registrada no velho Egito há mais de quatro mil anos, a prova está no Museu Egípcio de Berlim, expressa num papiro.

O fato é que a prática de magia se alastrou pelo mundo, encantando e apavorando muitos que achavam ser coisa de outro mundo, tanto que os mágicos na era-medieval chegaram a ser discriminados, perseguidos pela inquisição, chamados de feiticeiros, bruxos, até que em 1584 é publicado na Inglaterra o primeiro livro sobre magia que seu autor Reginaldo Scot explica sobre os números que nada tem de coisas sobrenaturais e que nem os mágicos são detentores de poderes espirituais, daí em 1612 Gaspar Cardoso de Sequeira, publica em Portugal, a primeira descrição de um truque ilusionista em seu livro Thesouro de Prudentes, decerto com isso aliviando o perfil místico de vida dos ilusionistas da época.

Mas a profissão de mágico, propriamente dita, ganha prestígio a partir do século XVIII, não parando mais de ser aplaudida, fazendo surgir grandes nomes mundiais do ilusionismo, tendo ainda hoje como o maior mágico do mundo o francês Robert-Houdin que viveu até 1871. No Brasil, temos considerado como primeiro mágico, o advogado e palestrante, ISSAO IMAMURA nascido em 1968, que pode ser o maior, mas como o primeiro, há controvérsia que me ocorreu agora pelo folclore. Dizem que em 1934, apareceu na Serra Gaúcha um mágico, anunciando que cortaria a cabeça de um galo e depois o faria cantar. Até que em Flores da Cunha achou local e público para tal façanha, contam até que a gringada criou uma bolsa de aposta, uns investindo no mágico e outros no galo.

O fato é que no dia marcado, num grande salão deu-se o real espetáculo, o dito cujo com um baita galo vermelho no palco, bradava que faria a tal magia! Dito e feito, na frente de uma enorme plateia, descansou o pescoço da pobre ave num cepo e baixou o facão, decepando-o e disse ao público atento e agitado, “agora eu vou ali atrás da cortina, colar o pescoço e vocês verão ele cantar de novo, me aguardem!” E até hoje o povo está aguardando o mágico, que deu de mão na bilheteria e se mandou pra Caxias do Sul e ninguém conseguiu descobrir o seu paradeiro.

Desse caso a magia que aconteceu foi que a cidade ganhou uma alcunha : “A Terra do Galo”, inclusive contam que até 1980, quando alguém batia as asas perto de alguém de Flores da Cunha, dava briga, mas que agora o folclore virou orgulho do Galo Vermelho, dando nome a hotel, lojas, bebidas e muita renda e alegria a cidade, pelo turismo!                  

Para pensar:  Quem foi o primeiro mágico do Brasil, o gringo-gaúcho ou japonês-paulista? Melhor do que a magia, são as estórias que ficam, então sempre que der vá ao circo! 

 

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