Buenas e me espalho, daí como consta no Livro Agenda Gaúcha 2023, (que nesta 20ª edição revela a história da erva-mate e do chimarrão), o dia 19 de fevereiro é do Esportista, 21 Internacional da Língua Materna, 23 do Rotariano. Assim, agradecido à Deus por, (como diz no hino rotário), “fazer sempre o bem sem olhar aquém”, escrever e ser lido, o invoco para dizer sobre AS CAVALGADAS DO MAR!

Há 39 anos, um advogado chamado José Machado, indignado com a troca do nome do Banco Sul Brasileiro para Meridional, intuindo de que esse marchava para a venda prejudicando os servidores, (o que anos depois veio acontecer na venda para o Santander), em 1982 o Dr. Machadinho reuniu colegas e amigos, e fizeram a primeira Cavalgada do Mar, em protesto as negociatas.

Daí o evento não parou mais, ele Machadinho como é mais conhecido e ainda está vivo, tocou a cavalgada não sei por quantas edições, até que o tradicionalista Wilmar Romera assumiu o comando por mais de décadas até o seu falecimento em dezembro de 2014, quando o comando foi para o desembargador, cavaleiro farroupilha - Bráulio Marques nas edições de 2015 e 16, que pelo seu falecimento em outubro de 2016, fez o sub comandante, advogado Luiz Eduardo Amaro Pellizzer assumir o posto maior, então este levou de sub comandante o Dr. Paulo Marques, (filho do desembargador Bráulio) e como Diretora Cultural, a cavaleira Neliane Ereno, do Instituto Anita Garibaldi, também cavaleira farroupilha.

Assim a 37ª edição do evento, que deveria ser a 39ª caso não fosse a pandemia, se desenvolveu de 10 a 17 de fevereiro de 2023, de Pinhal à Torres, com um contingente aproximado há 500 cavaleiros(as), reinando muita harmonia, civismo e alegria na marcha e nos acampamentos. Aonde um verdadeiro festival gastronômico e artístico se desenvolve, ao meio dia e a noite, nos piquetes e nos palcos do comando, que na noite do dia 11(sábado), realizou uma reunião festiva da retomada da cavalgada pós pandemia, laureando com o Troféu Cavalgada do Mar, diversas personalidades e tradicionais participantes apoiadores do evento. Dentre os vários homenageados, destacamos o próprio fundador Machadinho, o Secretário Estadual de Turismo Vilson Covatti, a cavaleira Desembargadora Tânia Reckziegel, o cavaleiro Presidente da OAB/RS Leonardo Lamachia, os artistas Elton Saldanha, João Luiz Correia, Omair Trindade e este colunista, que mais uma vez agradece pela distinção.            

Da importância desse evento não temos dúvidas é grandioso, tanto do ponto de vista turístico, político, econômico e sobre maneira quanto no cultural, pois está impregnado com todas manifestações materiais e espirituais que forjaram o ser gaúcho(a) desde 1617 até o presente. Sendo cultuado e exibido num teatro a céu aberto aos veranistas de vários recantos do país e da terra, nessa faixa de 130 km gauchescos do imenso litoral brasileiro, aonde homem e cavalo, que historicamente fizeram o desenvolvimento planetário nas lides campeiras e nas guerras, seguem juntos jubilados pela paz.

Para pensar: Se a humanidade se entendesse, como os gaúchos e gaúchas se entendem com os cavalos, o mundo seria o paraíso que almejamos