Buenas e me
espalho, daí como consta no Livro Agenda Gaúcha 2023, (que nesta 20ª edição
revela a história da erva-mate e do chimarrão), o dia 27 de fevereiro é
Nacional do Livro Didático e do Idoso; Em 1º de março é o Dia da Vindima, das
Crianças Doentes, do Turismo Ecológico e Pan-americano do Turismo. Assim, agradecido à Deus por, escrever e ser
lido, o invoco para dizer sobre A LENDA DA ERVA MATE!
Como é sabido, as tribos indígenas vivem em determinado lugar até
que houver abundância natural de alimentos, vindo das águas, das matas, do céu
e da terra, mas quando começa escassear esses recursos, a tribo precisa mudar
de querência. E foi numa dessas mudanças, que um velho guerreiro guarani
negou-se a partir, por sentir-se muito fraco para uma nova e longa jornada,
preferindo ficar na espera da morte. Com isso sua linda e única filha, Yari,
anunciou ao Cacique, que não deixaria seu pai penar na solidão.
Assim a tribo partiu e a diminuta família aboletou-se no lugar exaurido de tudo, mas que para os dois dava para viverem. Então, pai e filha, plantavam, pescavam, caçavam e viviam bem, enquanto o tempo passava e a velhice do guerreiro visivelmente ia avançando. Foi quando certo dia chegou ao lugar um estranho viajante, que muito cansado de andar, lhes pediu morada até que se recuperasse da desgastante andança.
Prazerosamente, pai e filha albergaram o viajante, para quem dedicaram alto grau de hospitalidade, no maior senso de fraternidade e humanidade, repartindo tudo do pouco que tinham. Os dias passaram e o estranho virou amigo, que viu e sentiu por vezes a tristeza do ancião por sua filha, fadada em perder a juventude só para ficar ao seu lado, declinando de casar e ter filhos, que herdassem a valentia e honradez do pai, que escondia suas dificuldades na lida, pela fraqueza do corpo, vencido pelo tempo.
Mas foi que numa noite linda da selva, ao luar, à beira do fogo, assando peixes para a janta, que o trio divertia-se em prosas, contos, cantos de paz e alegria, quando o visitante mudou o semblante falando aos dois “amanhã irei partir”. Dizendo que partiria muito grato por tanta bondade recebida, revelando que na verdade ele era um enviado de Tupã, com a missão de encontrar alguém do bem na terra para outra missão.
Foi quando o velho guerreiro exclamou que se recuperasse a força, voltaria à tribo levando a filha para achar um bom marido, ter filhos e ser feliz. Nesse instante como num passe de mágica o novo amigo, estendeu aos anfitriões um ramo volumoso de folhas verdes, com cheiro de mata nativa, sentenciando: “Isso é Caá, poderosa erva curativa a todos os males, que teu pai a partir de hoje deverá tomar. E tu Yari, vai retirar algumas folhas e na água quente, servirá diariamente ao teu velho, que recuperará o vigor e viverá muitos anos para criar os filhos de Caá-Yari, a Deusa dos Ervais, que passará ser de agora em diante teu sagrado nome, com o dever e o poder de multiplicar os ervais em todas as terras indígenas, ensinando aos irmãos da milagrosa infusão.
Como profetizado, semanas depois Caa-Yari e seu paí voltaram a tribo e a Nação Guarani proliferou, sadia e feliz nas terras aonde nasciam os ervais.
Para pensar: As lendas são os acontecimentos do passado, que o homem de hoje não acredita, mas conta como se fosse verdade, sabendo que aonde ai fumaça, ai fogo!