Termo do grego
antigo, paideia significa algo como “educação das crianças”. Educar uma das
tarefas mais árduas, contudo, gratificantes do ser humano. Domingo, dia das
mães, muitos de nós, filhos, agradecemos às nossas genitoras pelos ensinamentos
de vida. Em casa, no aconchego do lar é que temos contato prévio com os
sentimentos e emoções que nos acompanharão por toda a vida. Imagina a
complexidade e tamanha responsabilidade de guiar um indivíduo dos primeiros
passos até a vida adulta?
Outro dia,
lendo uma publicação na qual a mãe compartilhava a dificuldade de tomar decisão
sobre como conter “as birras” da filha pequena, fiquei a pensar sobre o tempo
que pais e mães dispensam para elegerem as maneiras mais razoáveis de
orientarem os filhos. Digo sempre que defendo o uso da não violência na
educação de qualquer ser. Não acredito que o constrangimento, tanto moral
quanto físico, possa orientar de maneira eficaz um ser humano em construção.
Acredito na cordialidade e na gentileza para melhor condução das relações
humanas.
Como
indivíduos, temos necessidade de nos expressar e as coações acabam por reprimir
nossos posicionamentos. Precisamos ter a capacidade de desenvolver nossas
emoções e sentimentos e isso requer tempo e paciência, tanto de nós próprios
quanto daqueles que convivem conosco. Desta forma, com tranquilidade, teremos
consciência para não absorver situações que possam nos causar problemas
futuramente. Saberemos distinguir aquilo que é nobre e precisa ser alimentado
daquilo que necessita ser expulso para bem longe de nós.
Educação para
a vida, é nosso primeiro e perpétuo aprendizado. Antes de ser mãe, pai, façamos
o questionamento a nós mesmos se estamos preparados para enfrentar esse desafio
exaustivo, de estarmos dispostos a aprender e educar todos os dias para o
caminho da evolução. “É mais fácil ensinar do que educar. Para ensinar, você só
precisa saber, mas para educar você precisa ser e a melhor coisa que podemos fazer
por quem amamos é sermos melhores como seres humanos”.