Buenas e me
espalho! E como consta no Livro Agenda Gaúcha 2023 (na 20ª edição contando a
história da erva-mate e do chimarrão), informamos que o Dia 9 é do Pão, do
Porteiro, do Protético, do Tenista e Nacional de Anchieta; Dia 10 da
Artilharia, do Pastor, de Camões e da Raça; Dia 11 da Marinha, do Escoteiro do
Mar e do Educador Sanitário; Dia 12 do Correio Aéreo Nacional e dos Namorador;
Dia 13 do Turista e de Santo Antônio; Dia 14 do Solista e dia 15 do Paleontólogo.
Assim agradecendo à Deus por escrever e
ser lido, o invoco para dizer sobre o PADRE ANCHIETA!
É inegável os
equívocos históricos da igreja nas questões da vida, material e espiritual
humana, que Lutero muito bem elucidou e mais tarde Allan Kardec cientificou,
mas também é inegável os acertos de sacerdotes do quilate de Anchieta, que trilharam
o seu destino, guiados pela força interior, forjando uma bela obra lastreada nos
ensinamentos de Cristo, amparada pela Igreja Católica.
José Anchieta, era filho de Mencia
Díaz de Clavijo y Llarena, Juan
Lopez Anxieta y Zelaiaran, fidalgo basco, encarnou
neste plano terreno, em 19 de março de 1534, na localidade de San Cristóbal de La Laguna, em Tenerife, das ilhas Canárias, Espanha
e desencarnou no Brasil, em Reritiba, (atualmente Anchieta que fica a 80 km da
capital no Espirito Santo), no dia 9 de junho de 1597, aos 63 anos.
Filho de nobres
espanhóis, aos 7 anos iniciou seus estudos de latim, e logo aos 14 anos foi
estudar em Coimbra, no Colégio das Artes. Aos 17 anos ingressou na Companhia de
Jesus, de onde dois anos mais tarde com 19 anos chegou ao Brasil, no dia 13 de
julho de 1553, com a missão evangelizadora dos indígenas, até que em 1566, aos
34 anos, foi ordenado padre.
O jovem sacerdote
tinha uma doença crônica, a tuberculose óssea que o curvou as costas, mas isso
em nada inibiu seu brilhante desempenho a frente da missão que fundou vários
colégios, cidades e o tornou professor, escritor, dramaturgo, poeta de milhares
de versos escritos nas areias da praia, foi com Manoel da Nobrega fundador de
São Paulo, junto a mais 12 missionários.
Apesar de pacifista,
por força maior, participou de várias peleias, inclusive em defesa do
território brasileiro, contra a invasão francesa, onde atuou com soldado
enfermeiro. Na função de catequizador, ao invés de sermões, utilizava o teatro
para converter os indígenas ao cristianismo, por textos próprios escritos na língua
dos nativos e em português, o que por sua vocação missionária recebeu a alcunha
de “Apóstolo do Brasil”.
Anchieta, foi
responsável pela codificação do idioma Tupi, que os indígenas chamavam de Nheengatu,
(língua boa), recolhendo das tribos que teve contato, grafou as expressões do
mesmo significado, com isso facilitando a relação dele com todas as tribos e
dos próprios nativos, sendo o criador da gramatica do idioma que se falou no
Brasil até 1758, quando o idioma português foi oficializado, e a língua geral
criada por Anchieta, fora proibida pelo Marquês de Pombal.
No ano de 1597, em função de vários relatos de milagres
atribuídos ao Padre José Anchieta, o Vaticano iniciou o processo de sua beatificação,
concluída em 1980 pelo Papa João Paulo II, até que no dia 3 de abril de 2014, o
Papa Francisco, lhe canoniza, o declarado santo.
Para pensar:
Todo milagre emana de Deus e nenhum homem, além de Cristo, deveria ser chamado
de santo, pois todos somos pecadores e por isso estamos aqui, presos na carne e
no planeta da regeneração.