Quantas vezes deixamos de fazer algo por não termos certeza do resultado?
Embora certa prudência seja necessária é preciso também um pouco de ousadia. Há
tempo para cada uma delas e ao adquirir experiência vamos aprendendo a hora
certa de arriscar e de ter cautela. Ocorre que já foi comprovado
cientificamente que as pessoas mais velhas tendem a evitar decisões arriscadas.
A capacidade de correr riscos está ligada a uma região específica do
cérebro, o córtex parietal superior direito, e o tamanho dele, que varia
conforme a idade, explica porque em algumas fases da vida as pessoas são mais
ousadas ou comedidas. Essa pesquisa foi realizada nos Estados Unidos e
publicada na revista Nature Communications.
Então caso já tenha percebido que sua capacidade de colocar-se em
situação de perigo diminuiu com o tempo, há uma explicação para isso. Até mesmo
porque quando somos jovens temos tempo suficiente para reaver as consequências
de uma escolha desacertada o que pode explicar também a mudança de
comportamento.
O que isso tem a dizer? Nada. Cada um tem a resposta dentro de si. Há
jovens que buscam segurança e há idosos abrindo seus próprios negócios. Não
temos uma receita para sucesso e felicidade, embora tentem nos vender manuais a
todo momento. O termômetro é a (in) satisfação que sentimos ao fazer o que
estamos fazendo. É a sensação de (des) conforto ao sermos nós mesmos.
Poucas vezes teremos certezas na vida, a questão é estar em movimento, na
busca da satisfação, do crescimento e da realização dos propósitos. “Porque é
só no vazio que o voo acontece. O vazio é o espaço de liberdade, a ausência de
certezas. Mas é isso que tememos: o não ter certezas. Por isso trocamos o voo
por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram[1]”.
E você? É livre ou vive em gaiolas?