Buenas e me espalho! E como consta no Livro Agenda Gaúcha 2025, informamos que: Dia 24 é  da Constituição, da Previdência Social e Nacional do Aposentado; Dia 25 do Carteiro; Dia 27 do Orador; Dia 28 do Comércio Exterior; Dia 29 Mundial do Hanseniano. Agradecendo a Deus por poder escrever e ser lido, o invoco para dizer sobre: A HISTÓRIA DA DANÇA DA CHULA.

 

Eis algo maravilhoso de saber, muito interessante sua origem, atribuída aos tropeiros que levavam gado e mulas do Rio Grande do  Sul, inicialmente a partir de 1727 por Cristóvão Pereira de Abreu, criador das rotas da Colônia do Sacramento para Viamão e de lá, para as feiras de Sorocaba.

 

Com o gado em São Paulo, seguiam para Minas Gerais, depois para as demais regiões brasileiras. Assim em 1739 se inicia o período do tropeirismo no Brasil que durou até 1959. Foi nesse período que surge a viola no Rio Grande do Sul, trazida pelos açorianos em 1752, adotada pelos tropeiros paulistas que como passa tempo..., nos acampamentos a executavam e dançavam a Chula. Tanto que a viola se aquerenciou em São Paulo agregando-se a cultura caipira até nosso dias.

 

O primeiro registro dessa dança masculina, conforme o folclorista Paixão Cortes destaca, foi descrita por Nicolau Dreys, (militar, viajante, comerciante francês), um ano logo da sua chegada ao Brasil em 1816, quando escreveu em “Notícia descritiva da província do Rio Grande de São Pedro no ano de 1817”. Essa matéria publicada em 1839 dizia: O gaúcho passa o tempo em jogar, tocar ou escutar uma guitarra nalgua pulperia, ás vezes, porém com raridade, dançar uma espécie de chula grave, que vimos praticar por alguns deles”.

 

Aí nasce a dúvida se a chula foi passada dos gaúchos para os tropeiros paulistas ou vice-versa?

 

Isso ninguém decifrou, mas o fato é que a Chula foi a primeira dança gaúcha e só não ficou perdida porque, conforme porque Paixão Cortes escreveu em livro que: “Em julho de 1951 o gaiteiro Augustinho Manoel Serafim – nascido em 1895 então com 56 anos – mostrou-nos em Vacaria, como dançara a Chula em seu tempo de moço”.

 

Isso deixou os folcloristas Paixão e Lessa perplexos, por em todas as suas andanças e estudos, nunca tinham visto falar de tal arte, inclusive acharam que era uma brincadeira do Serafim, para se exibir! Até que felizmente encontraram o relato de Nicolau Dreys, matando a questão da veracidade do fato folclórico narrado e executado pelo gaiteiro amigo.

 

Daí a dança acabou tendo sua primeira exibição pública como atração cultural folclórica gaúcha, no ano de 1952, em Porto Alegre, no teatro São Pedro. Há quem diga que a chula é um fato folclórico português, tradicional como dança masculina de desafio, baseada na batida dos pés. sendo assim fortalece a tese, de que os paulistas trouxeram a Chula para o sul no período do tropeirismo e a gauchada adotou.

 

Atualmente a dança se inicia com um canto de preparação e depois o sapateio, eis os versos: Venha seu mestre chula; Ai seu chuliador; E dê uma paradinha para o tocador; Venha seu mestre chula; Ai que chulia bem; E de uma paradinha para mim também.         

Para pensar: Por isso nas comparações campeiras, adágios, temos: Aquele vem sapateando mais que um chuliador, para dizer de alguém muito brabo.  

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