Nacional
01/11/2022 16H08

Desde a tarde da
segunda-feira 31, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) vem determinando a remoção de grupos
do WhatsApp e do Telegram, em que caminhoneiros organizam as paralisações, que
já alcançam 22 Estados mais o Distrito Federal. Os atos são contra a vitória do
ex-presidente Lula na eleição.
Os ofícios do TSE
estabelecem a remoção de conteúdos “que incitem grave perturbação de ambiente
democrático” e instiguem “a intervenção militar ou a aplicação desvirtuada do
artigo 142 da Constituição”. Os aplicativos de mensagens instantâneas estão
acatando as ordens do TSE gradativamente.
Segundo o
jornal Folha de S.Paulo, que obteve a decisão, o Telegram foi
o principal app usado para as
convocações, e, quando a empresa começou a bloquear grupos a pedido do
tribunal, eles migraram para o WhatsApp. Os atos seriam a favor da intervenção
militar, o que ainda não se confirmou.
Até meio-dia, eram 267 pontos de interdição ativos de
caminhoneiros, em 22 Estados e no Distrito Federal, sendo que as maiores
concentrações foram registradas em Santa Catarina, Pará e Mato Grosso.
O ápice dos bloqueios
nas rodovias federais ocorreu durante a tarde da segunda-feira 31, com o
registro de 421 interdições no país. Desde então, cerca de 300 pontos foram
desobstruídos.
Segundo o
diretor-executivo da PRF, Marco Territo, o órgão solicitou apoio da Polícia
Federal, da Força Nacional de Segurança e policiais militares estaduais e de
outras forças de segurança para “restabelecer a ordem quanto antes e liberar o
trânsito nas rodovias e garantir o direito de ir e vir e o escoamento de
mercadorias nas rodovias federais”, disse.