Buenas, me espalho lembrando como consta no Livro Agenda Gaúcha 2022, (de ed. 2023) distribuída com a história da Erva-mate e do Chimarrão), que dias 23 é dia do Vizinho; 24 do Órfão e Universal do Perdão; 25 é dia de Natal; 26 da Lembrança; 28 do Salva -Vidas e do Cooperativismo de Crédito.  Assim, grato a Deus por escrever e ser lido, o invoco para contar sobre O NATAL CAMPEIRO.
 O Natal teve origem em festas pagãs que eram realizadas na antiguidade. Nessa data, os romanos celebravam a chegada do inverno (solstício de inverno). Eles cultuavam o Deus Sol "natalis invicti Solis", e ainda realizavam dias de festividades com o intuito de renovação.
 Aprofundando um pouco na espiritualidade, convicto de que o aquém e o além são uma coisa só, e que infelizmente a humanidade ainda não percebeu, por isso sofre tanto mergulhada no materialismo, reflito sobre o Natal dos nossos dias e dos  nossos pais e avós, que há cem anos viviam na Campanha, e como realizavam  seu Natal.
O NATAL dos campeiros de antanho era o aniversário do filho de Deus, festejado nos pagos tão somente com um presépio, a relembrar a saga da Sagrada Família e da vinda de Jesus Cristo, que morreu por nós, (em linguagem moderna), para deletar os pecados da humanidade até então. De lá pra cá não mudou muito, digo mal, mudou a forma de vida na terra com toda as tecnologias que surgiram, mas no que se refere a questão moral, ética, do ser ou dos seres, segue de mal a pior, basta dar uma olhada na história e na volta das casas para comprovar essa premissa.
 Todavia em dezembro o mundo cristão comemora o nascimento de Cristo, curiosamente cultuando uma figura estranha da Sagrada Família, o chamado PAPAI NOEL ou não? Um sujeito de vestes vermelhas que mais lembra as trevas do que a luz trazida pelo real aniversariante. O tal personagem Noel, criado pelo cartunista Thomas Nast em 1862, vestia roupa verde e somente em 1881 ela apareceu de vermelho e em 1931 uma campanha publicitária da Coca-Cola, mundializou o velhinho, se apresentando cheio de boas intenções, aliás bem como os representantes do mal, e esse acabou roubando a cena do aniversariante.
Jesus foi alguém notável pelo seu legado em ditos e atitudes, alguém que antes de nascer já era perseguido, na infância teve que se retirar da Galileia para não ser morto, mas que em seus 33 anos, depois de ser acusado, julgado e condenado, ainda não sei do que, acabou morto crucificado.
Eu preferia que estivéssemos fazendo o Natal dos nossos pais e avós, sem papais-noéis, sem obrigação de darmos presentes, até por que esses vinham no dia dos Reis Magos ou dos Santos Reis, (que não eram manos, nem reis e muito menos santos), mas dia 6 de janeiro foram presentear Jesus, criando a tradição que atropelada pelo mercantilismo ao ponto de mudar a verdadeira história e a data de dar presentes, visando o lucro imediato, forçado a naturalidade. Porém, toda via, contudo, desejo um BAITA FELIZ NATAL a todos, juntos e em nome do REAL aniversariante.   
 Para pensar: Enquanto o ser humano estiver atropelando a natureza das coisas, vestindo de vermelho a ética e a moral, pelas conveniências, o final será trágico!