Buenas e me espalho! E como consta no Livro Agenda Gaúcha 2024, informamos que Dia 17 é Mundial da Comunicação, das Telecomunicações e da Internet; Dia 18 das Raças Indígenas da América, do Vidreiro e Internacional dos Museus; Dia 19 Nacional da Defensoria Pública e do Cuteleiro; Dia 20 dos Comissários da Proteção da Infância e do Pedagogo; Dia 21 da Língua Nacional e Mundial do Desenvolvimento Cultural; Dia 22 do Apicultor; do Economiario e das Diversidades Biológicas; Dia 23 da Juventude Constitucionalista. Agradecendo a Deus por poder escrever e ser lido, o invoco para dizer sobre LUIZ MENEZES.
Esse glorioso gaúcho
de Quaraí, que tive o privilégio de conhecer pessoalmente, se vivo estivesse,
estaria neste 20 de maio, completando 102 anos. Mas como todos temos dia certo
para chegar e sair deste orbe, em 12 de outubro de 2005, aos 83 anos, pulou a
cerca da vida terrena, um dos maiores poetas, compositores regionais do Brasil,
justamente em seu território natal.
Era filho de Franklin
Menezes e Carlota Carvalho de Menezes, teve dois casamentos, tendo sete filhos
do primeiro e um do segundo, projetou-se em uma romântica vida, focada na arte
de escrever, compor, cantar e tocar violão. Foi ator, jornalista, apresentador
de rádio e tv, funcionário público estadual, presidiu por três vezes o Conselho
Regional da Ordem dos Músicos do Brasil, no Rio Grande do Sul, e recebeu as
maiores honrarias públicas e privadas dos gaúchos.
Não sabemos o ano
certo, mas sua vinda para Porto Alegre, se deu creio no final da década de 1940
ou início de 1950, pois em 1952 a convite do também poeta e escritor, Lauro
Pereira Rodrigues, passou a fazer parte do primeiro programa radiofônico regionalista
gaúcho da história, intitulado “Campereadas”, criado e estreado por Lauro
Rodrigues em 1935, na Rádio Gaúcha.
Depois dessa sua
primeira experiência de radialista, (Paixão Cortes em 1955 a convite de
Maurício Sirotsky, cria na Rádio Farroupilha o Grande Rodeio Coringa, e levou o
amigo de infância Darcy Fagundes como parceiro de apresentação). Meses depois
Paixão se despeona da emissora e Darcy assume o comando, e chama para seu lado,
tirando da Rádio Gaúcha, seu amigo Luiz Menezes, que fizeram do espaço o maior
programa regionalista do rádio brasileiro. Depois Luiz estreou na televisão
como apresentador da TV Piratini, (atual TVE), intuo que com o Programa Fogo de
Chão, que nos falta registro e ano, que cambiou para Rádio e Televisão Difusora,
(atual TV Bandeirantes).
O fato é que o nosso
homenageado, além das escaramuças no rádio que durou até 1970,
concomitantemente, como jornalista foi colunista dos Jornais “A Hora e Diário de Notícias”, escrevia peças
teatrais e poesias, compunha as mais lindas obras do regionalismo, que são sucesso
até hoje como: Piazito Carreteiro, Milonga de Contrabando, Última Lembrança,
dentre outras; deixando-as gravadas em 4 LPs e 1 CD. Bem como seus versos, publicado
em quatro livros: TROPA AMARGA em 1982; ALÉM DO HORIZONTE em 1986; CHÃO BATIDO
em 1995 e uma antologia poética de 50 ANOS DE POESIA em 2005. Livros esses,
todos lançados pela Editora Martins Livreiro de Porto Alegre, especializada em
regionalismos.
Foi Luiz Menezes,
quem fez e gravou as primeiras milongas cantadas em português, (origem de todos
milongueiros deste pago como eu), e terminou sua vida como Secretário de
Turismo da sua terra natal, exercendo as funções de jornalista e radialista. Em
seu centenário, no teatro São Pedro, lotado, realizou-se em seu culto, um grandiosos
espetáculo, estrelado por meus filhos - Renato Fagundes e Antônio Flores,
quando tive o privilégio de contar um pouco da sua história com os Fagundes, e
cantar uma das minhas milongas, ao pai de todos milongueiros rio-grandenses,
alcunhado como o Poeta do Jarau, que teve uma vida de amor a sua gente, aos
amigos, a Quaraí, ao Rio Grande e ao Brasil.
Para pensar: Quando a Cruz – ponto final da vida; Me abrir os braços num sinistro afago
Deus dê-me a glória da figueira erguida: Quero
sestear à sombra do meu pago! Luiz Menezes