Buenas
e me espalho! E como consta no Livro Agenda Gaúcha 2024, informamos que no Dia
7 é do Voluntário Social; Dia 8 do Padeiro, do Panificador e do Pesquisador;
Dia 10 da Pizza e Mundial da Lei; Dia 11 do Truco, do Mestre de Banda, do
Rondonista e Nacional dos Trabalhadores de Serviços Telefônicos. Agradecendo a
Deus por poder escrever e ser lido, o invoco para dizer sobre – A HISTÓRIA
DA GAUDERIADA DA CANÇÃO GAÚCHA.
Foi em 1983 que
nasceu o vigésimo sexto festival regionalista gaúcho batizado de Gauderiada, em
culto aos que saem pelo mundo em busca de novos ares, meio sem rumo e por pura
emoção – o termo vem do gaudério, índio vago, pessoa descomprometida e pronta
para qualquer parada, uma característica do gaúcho primitivo.
Por isso o festival
surgiu, focado nas mais puras tradições gauchescas, despertando na alma dos
compositores a força atávica na construção de versos e melodias autênticas, de
modo a projetar esses gaudérios de ontem e de hoje. Bem assim o uruguaianense
Ramão Bonila, expos seu ideal em uma reunião com a comunidade no teatro João
Pessoa em Rosário do Sul.
Bonila, mais tarde
com Lair Eich e outros rosarienses abnegados, amadrinhados pelo poeta e publicitário
Gilberto Moreira Carvalho, que trazia na mala de garupa experiencias de outros
festivais, desde 1971 com a primeira Califórnia, fizeram acontecer a 1ª
Gauderiada da Canção Nativa, com a incondicional projeção de força do líder
politico Dr. João Alves Osório.
Com profundas raízes
fincadas na pampa e mantidas até hoje, a Gauderiada retrata seus critérios na
logomarca do evento, desenhado pelo artista plástico uruguaianense – Bento
Fagundes de Abreu – hoje professor aposentado da cadeira de desing gráfico da
ULBRA. Também o ideal se materializou pelo engajamento da imprensa local que
fez toda a comunidade participar, tornando o evento, um marco regional e
estadual, desde a primeira edição.
Considerando que
Rosário do Sul tem uma característica turística forte, em função da sua mais
bela praia fluvial do sul do país, o evento ocupou o mês de janeiro, sendo o
primeiro festival estadual do ano, congregando toda a fronteira oeste e países
limítrofes, como o Uruguai e Argentina.
Essa gente toda vem
para veranear, curtir música regional e se deslumbrar com a arquitetura da
cidade fundada em 1876, num território que foi palco da Batalha do Passo do
Rosário, que deu origem a República Oriental do Uruguai em 1827, onde tombou e
foi sepultado no campo de batalha, o Marechal de Campo José de Abreu,
homenageado com o nome de uma das maiores pontes fluviais do Brasil, erguida no
Rio Santa Maria, que emprestou para a cidade, a Praia das Areias Brancas.
O festival
atualmente, considerado por lei patrimônio municipal, além de valorizar os
artistas adultos de todo estado, promove a gurizada cantora local com a
Gauderiada Mirim, idealizada pelo professor Olmiro Pereira Bastos, formando
artistas de amanhã. Outra atração do evento é o acampamento crioulo do Parque de
Exposição, com a movimentação das tertúlias.
Em 2025 acontecerá a
36ª Gauderiada da Canção Gaúcha, que foi da Canção Nativa, e teve na primeira
edição como vencedora, a música VELHO RIO, letra de Nilton Mesquita, com música
e interpretação de Miguel Marques. Eu tive o privilégio de por três vezes
desfilar nesse palco.
PARA PENSAR: A música é a linguagem dos anjos, tomara que a nossa música
regional, seja a tua linguagem!