Buenas
e me espalho! E como consta no Livro Agenda Gaúcha 2024, informamos que no Dia
13 é do Agrônomo; Dia 14 da Cruz e do Frevo; Dia 16 Internacional da
Preservação da Camada de Ozônio e Nacional do Caminhoneiro; Dia 17 da
Compreensão Mundial; Dia 18 do Perdão e dos Símbolos Nacionais; Dia 19 do
Teatro, da Escola Bíblica e de São Geraldo . Agradecendo a Deus por poder
escrever e ser lido, o invoco para dizer sobre – A SEMANA FARROUPILHA.
Essa festividade teve
início em 1947, quando Paixão Cortês liderou o que ficou conhecido como o Grupo
dos Oito, alunos do Colégio Júlio de Castilhos de Porto Alegre, que fundaram
dentro da escola um DTG - Departamento de Tradição Gaúcha, que deu origem aos
CTGs - Centro de Tradições Gaúchas, a partir de 1948 com a fundação do 35CTG de
Porto Alegre.
O fato é que
praticamente nada se fazia em memória dos Farrapos antes dessa data no Estado,
e em lugar nenhum, afora o projeto que desde 1914 aquecia na Câmara de Vereadores,
em se ter na capital uma rua em homenagem aos farroupilhas, que veio ser
inaugurada em 1940 como Avenida Farrapos, bem como o evento impar da exposição
comemorativa ao centenário farroupilha, realizada em 1935 no Parque da
Redenção, que no dia 19 do mesmo ano passou a se chamar oficialmente Parque
Farroupilha.
Depois desses
isolados reconhecimentos aos Farroupilhas, foi da agitação estudantil cívica e
cultural dos alunos castilhenses, que a sociedade rio-grandense se acordou ao
importante momento histórico de 1835, que infelizmente até hoje não se estuda
nos colégios do Brasil, que preferem lecionar dentre outras, por exemplo e cito
sem demérito a Revolução Francesa.
Assim é bom que se
diga que a SEMANA FARROUPILHA foi criada nos CTGs, e o feriado pelo Dia do
Gaúcho, só foi oficializado em 18 de setembro de 1995, e, até que nos provem o
contrário, o primeiro desfile de 20 de setembro, foi no Alegrete em 1956, (justo
na terceira capital farrapa). Já o modo de Acampamento Farroupilha, se iniciou
em Porto Alegre na década de 1980, e inaugurado em 1982, que passou a receber a
Chama Crioula a partir de 1983, até hoje.
A origem dos
acampamentos vem em função do desfile Farroupilha, que já existia na Capital do
Estado creio que desde a década de 1970, tanto que a Estância da Harmonia, hoje
Parque Maurício Sirotsky, situado na cabeceira da Avenida Perimetral (palco dos
desfiles), os participantes usavam para desembarque, local de encilha e
embarque da cavalhada, após parada cívica cultural. Até que alguns que vinham
no casco para desfilar, começaram a chegar um dia antes e se obrigavam acampar,
para o devido cuidado dos animais. Não demorou muito, outros grupos resolveram também
acampar em culto Farroupilha, como o Clube do Pitoco, liderado por Nico
Fagundes, do qual sou testemunha. Muitas vezes visitei esse piquete, no acampamento
que acabou crescendo e firmando-se como grande atração da Semana Farroupilha de
Porto Alegre, junto do desfile.
Espontaneamente como
uma força quântica, nos 497 municípios do Rio Grande do Sul e aonde tiver
gaúcho aquerenciado, no Brasil ou pelo mundo a fora, arde uma chama Farroupilha
em seu peito e fogos simbólicos, batizados de chama crioula acesas, em homenagem
aos Farroupilhas, muito bem versejado por Colmar Pereira Duarte na estrofe do
poema Talvez, que diz dos heróis “com o ideal na mente e roupas em trapos, pelearam
e morreram como bravos, para que aqui jamais fossem escravos os que nasceram de
ancestrais farrapos”.
A esses, a “Mui Valerosa
Porto Alegre”, (dos imperiais), atualmente por ter uma população maior de
interioranos do que de porto-alegrenses, implantou o maior Acampamento
Farroupilha da modernidade em culto Farrapo, influenciando outras cidades
realizarem o mesmo e seus desfiles.
Para pensar: Os ideais Farrapos, são muito mal empregados
nesta Pátria, aonde todos os preceitos de república democrática já foram
quebrados e jogados ao léu, ofendendo o nobre lema de: Liberdade, Igualdade e
Humanidade. Até quando Farroupilhas do presente?