Buenas e me espalho! E como consta no Livro Agenda Gaúcha 2024, informamos que: no Dia 20 é do Gaúcho e Mundial da Limpeza de Praias; Dia 21 Dia da Árvore, do Fazendeiro, do Radialista, Internacional da Paz e do Portador de Deficiência; Dia 22 da Banana, da Defesa da Fauna, da Juventude do Brasil e do Contador; Dia 23 do Soldador; Dia 24 Mundial do Coração; Dia 25 do Rádio e Nacional do Trânsito; Dia 26 Internacional das Relações Públicas e do Técnico Agrícola.    Agradecendo a Deus por poder escrever e ser lido, o invoco para dizer sobre – BENTO GONÇALVES DA SILVA.

 

Essa extraordinária figura da história brasileira e gaúcha, nasceu no campo, na fazenda Piedade, município de Triunfo-RS, em 23 de setembro de 1788, filho do Alferes português Joaquim Gonçalves da Silva e de Perpétua da Costa Mireles (neta de Jerônimo de Ornelas Meneses e Vasconcelos), foi trabalhador campeiro, estancieiro, militar e presidente da República Rio-grandense.

 

Por seus pais, Bento era para ter seguido a carreira eclesiástica, mas preferiu as lides campeiras e depois a vida militar, incorporado na Compainha de Ordenaças de Dom Diogo de Souza, em 1811 já engajou nas guerrilhas da primeira campanha cisplatina, depois da peleia em 1812 desincorporou, e se estabeleceu como comerciante e estancieiro em Cerro Largo, no Uruguai.

 

E foi nesse período que Bento conheceu a sua prenda amada, Dona Caetana Garcia com quem casou-se em 1814 e tiveram 8 filhos (Perpétua Justa, Joaquim, Bento, Caetano, Leão, Marco Antônio, Maria Angélica e Ana Joaquina). De estancieiro e comerciante em 1816, Bento retoma a vida militar granjeando muito prestigio e logo em 1817 é nomeado capitão, participando da segunda campanha cisplatina, com galhardia nas batalhas de Curales e Las Cañas em 1818, da de Cordovez  e Carumbé em 1819 e Arroio Olimar em 1820, até que em 1824 foi promovido a tenente-coronel.

 

Com a eclosão da Guerra da Cisplatina, Bento foi em 1825 comandante de cavalaria na batalha de Sarandi, sendo logo promovido ao posto de coronel de 1ª linha, participando como tal da desastrosa batalha do Passo do Rosário, (Ituzaingo para os castelhanos, que deu origem a República Oriental do Uruguai em 1827, independizando-se da Espanha em 1828), aonde balas brasileiras atingiram por engano, contingente do exército imperial,  abatendo dentre muitos o Anjo da Vitória, o bravo General José de Abreu, (meu penta-avô em linha direta). Foi o Cel. Bento Gonçalves quem deu cobertura a retirada das tropas brasileiras. Após esse conflito, Dom Pedro I nomeou Bento Gonçalves coronel de estado-maior, entregando-lhe o comando do 4º Regimento de Cavalaria de Linha, e no ano seguinte da fronteira meridional.

 

No ano de 1930, Bento Gonçalves é iniciado e diplomado na Maçonaria, em abril de 1835 foi eleito deputado provincial, quando insatisfeito com a tirania do presidente da Província e do comandante das armas, insurgiu-se contra esses dando inicio a Revolução Farroupilha em setembro, sem o pendor separatista, queria a demissão dos tiranos. Em 1836 logo da brilhante vitória Farrapa na Batalha do Seival, Antônio de Souza Neto proclama a República Rio-grandense e Bento presidente, mesmo ausente.                  

 

No período que durou 10 anos a revolução que virou guerra – o General Bento Gonçalves – sempre demostrou alto caráter e ser humanitário, como: na Batalha do Fanfa, quando ele em menos de um mês como presidente, entregou-se para poupar seus companheiros das garras imperiais; em 1937 preso no Rio de Janeiro com outros companheiros, em ato de fuga preferiu ficar com o amigo Boticário que se entalou na janela da sela, mandando que Onofre Píres e Corte Real escapassem; depois de em 1947 fugir da prisão na Bahia, em 1940 na Batalha de São José do Norte, com a vitória nas mãos, dependendo apenas tocar fogo na vila para expulsar os imperiais entocados nas casas do povo, (como lhe sugeriram), preferiu a retirada para não sacrificar civis, inocentes. Só isso já demonstra o seu perfil e alto grau de dignidade, até a honrosa paz de Poncho Verde que garantiu a todos os Farroupilhas, vida livre, inclusive reintegração dos que quisessem servir no Exército Imperial do Brasil no mesmo posto e ele, voltou a sua vida campeira, simples, vindo a falecer em 18 de julho de 1947 em Pedras Altas, doente de pleurisia. Justamente na casa do seu amigo e irmão de ordem Gomes Jardim, situada em frete dos dois ciprestes “testemunhas mudos vivos da história”, local onde tudo começou na atual cidade de Guaíba-RS. Por fim, seus restos mortais depois de Guaíba, já estiveram na Estância do Cristal de 1850 a 1900, quando foram levados para a cidade de Rio Grande, aonde até hoje descansam no justo monumento em praça pública.     

 

Para pensar:  Não viva egoisticamente. Sirva os outros, pela justiça do bem, pela liberdade, com dignidade. Assim foi Bento Gonçalves da Silva!

 

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