Buenas
e me espalho! E como consta no Livro Agenda Gaúcha 2024, informamos que: no Dia
27 é da Música Popular Brasileira, do Cantor, do Encanador, Mundial do Turismo,
Nacional do Idoso e Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos; Dia 29 do
Anunciante e do Petróleo Brasileiro; Dia 30 da Bíblia, da Navegação, da
Secretária, do Diário Oficial, do Jornaleiro e Mundial do Tradutor; Dia 1º de
outubro é do Representante Comercial, do Idoso, Internacional da Música
e do Vereador; Dia 2 do Habitat; Dia 3 das Abelhas e Mundial do
Dentista. Agradecendo a Deus por poder escrever e ser lido, o invoco para dizer
sobre – OS ACAMPAMENTOS FARROUPILHAS.
Eis aí algo
fascinante que surgiu na década de 1980 e vai ganhando destaque como atração
turística cultural, originária da movimentação social, que remeteu os urbanos
na vida do campo.
Nunca é demais dizer
que tudo que é relacionado ao culto Farrapo, vem da astúcia do guri Paixão
Cortes que em 1947 criou com colegas, escoteiros, amigos, o Grupo dos 8, (número
exato de uma patrulha escoteira), no Colégio Júlio de Castilhos de Porto
Alegre, e realizaram a escolta dos restos mortais do General Farroupilha – Davi
Canabarro – que foram trazidos para a capital do Estado, e repousam no Mausoléu
Farroupilha do Cemitério da Azenha.
Essa façanha
estudantil, originou quatro formas decisivas de eventos que gaúchos e gaúchas
promovem, em torno da cultura histórica, musical e folclórica do Rio Grande do
Sul, conforme relacionaremos em ordem cronológica: 1) A primeira cavalgada
cívica civil no Estado, que originou as demais cavalgadas e grupos de
cavaleiros(as) existentes; 2) A criação do Departamento de Tradição Gaúcha do
colégio, que deu origem aos CTGs (Centros de Tradições Gaúchas); 3) A Chama
Crioula, que originou a semana e os desfiles Farroupilhas e consequentemente o
item seguinte; 4) Os Acampamentos
Farroupilhas.
E por incrível que
pareça tudo aconteceu primeiramente na Capital do Estado, depois foi para o
interior, porque Porto Alegre sempre teve um índice muito alto de interioranos nela
vivendo, gente vinda para estudar, trabalhar, que trouxeram e desembarcaram
também seus usos e costumes da bagagem, gerando o sentido gauchesco numa cidade
imperialista, que sempre esteve de costas culturalmente para o interior gaúcho.
Na década de 1970 o
Desfile Farroupilha passou a ser realizado na Avenida Perimetral, que inicia na
orla do Guaíba e costeia o Parque da Harmonia, como foi popularmente chamado o
Parque Maurício Sirotsky, local aonde como é até hoje, se desembarcavam e
embarcavam os animais para do desfile. Considerando que havia cavaleiros que
vinham já montados de seu estabulo para desfilar, passavam praticamente o dia
no lombo do pingo, vindo, desfilando e indo para casa. Então esses,
considerando o belo espaço, em 1980 resolveram chegar um dia antes do desfile e
se obrigaram acampar ali, para os devidos cuidados do animal e de si.
Com isso outros que
nem desfilavam, mas por gosto do astral campeiro formatado no parque, também
resolveram acampar, até que foi aumentando o número de acampados, e o MTG em
1987 resolveu fazer um placo e dar animação artística ao local, surgindo com
isso oficialmente o Acampamento Farroupilha, que passou a receber
a Chama Crioula, e atualmente alberga mais de 400 entidades acampadas em galpões
e mais de 1 milhão de visitantes. Durante a Semana Farroupilha que se inicia a
14 e vai até 20 de setembro – Dia do Gaúcho – quando ocorre o desfile e extinção da Chama
Crioula às 18 horas, com isso encerrando os festejos.
Então atualmente as
forças supra citadas, que espiritualmente foram criadas em 1947, residem há
décadas oficialmente no Acampamento Farroupilha da capital de todos os gaúchos,
já sendo corretamente replicado por vários municípios Brasil a fora, esse
projeto espontâneo.
Para pensar: Isso é uma prova de que os Farroupilhas do
passado não perderam a revolução que virou guerra e que não terá fim, pelos
Farroupilhas do presente e do futuro, que seguirão acendendo a Chama Crioula,
cavalgando, acampando, desfilando em defesa dos ideais Farrapos de Liberdade,
Igualdade e Humanidade.