Buenas e me espalho! E como consta no Livro Agenda Gaúcha 2024, informamos que: Dia 13 é do Lapidador, do Pedreiro, do Marinheiro, Nacional do Deficiente Visual e do Ótico; Dia 14 do Engenheiro de Pesca e do Ministério Público; Dia 15 do Esperanto e do Jardineiro; Dia 16 do Reservista e Teatro amador. Agradecendo a Deus por poder escrever e ser lido, o invoco para dizer sobre: O PONCHE VERDE DA CANÇÃO.

 

Com essa história, concluímos o que nosso Livro Agenda Gaúcha se propôs em 2024, de promover os 50 anos de nativismo no Rio Grande do Sul, pelos 14 festivais pioneiros em atividade. Agora virá na edição 2025, a história das danças tradicionais, folclóricas do Rio Grande do Sul, com imagens de invernadas artísticas atuando 12 das que escolhemos e escrevemos na abertura de cada mês.

 

Mas do Ponche Verde, primeiro me atiça comentar que a expressão ponche, vem do inglês  punch, que define uma bebida surgida na Índia e levada para a Inglaterra no século XVII, daí popularizando-se expandido para o mundo. 

 

Porém do porque a gauchada de Dom Pedrito resolveram nominar uma de suas regiões de Ponche e não de Poncho Verde, intuo que fora por motivo de expressão coloquial, já que o sentido ao batizarem o local, era para definir uma coxilha esverdeada de seus ricos campos nativos, que se parecem com um poncho verde.

 

Inclusive esse nome influiu na história, pelo tratado de paz da Guerra dos Farrapos, que ficou gravado como a Paz de Ponche Verde, até que modernamente o Ponche virou festival de música de grande sucesso, inspirado pelo jornalista Carlos Cabral, que vivia em Porto Alegre e circulava pelos festivais de vários recantos, e sempre que visitava sua terra natal, questionava as personalidades e a sociedade, do por que  Dom Pedrito ainda não tinha o seu evento musical. Para com isso, a exemplo de outros municípios que tinham, promovendo-se cultural e turisticamente!

 

Até que o ex prefeito Dr. Quintiliano Machado Vieira, em 1985 encampou esse ideal de Carlos Cabral, que inclusive deu o nome ao evento, e em 1986 realizou a primeira edição do quinquagésimo festival regionalista gaúcho, em grande estilo, para um público maior de cinco mil pessoas e participação de famosos nomes da nossa arte poética musical.

 

O Presidente da primeira edição foi o Sr. Sérgio Roberto Vieira, tendo o idealizador – Carlos Cabral –  em uma comissão especial na organização. Como apresentadores tiveram o poeta Gilberto Carvalho e a jornalista Véra Armando; de jurados estiveram trabalhando os artistas Mário Barros, Marins Coplas, os poetas Mário Eleú Silva, Vilmar Vila de Menezes, Mosen Wolf Filho e Andréia de Moraes Chagas. Os espetáculos foram de Dante Ramon Ledesma, Gilberto Monteiro e João de Almeida Neto.

 

Não tenho dúvidas que esse elenco de profissionais abnegados, deram a grandiosidade que até hoje persiste nesse evento, somado aos concorrentes vindos de todo o Estado, tanto que o primeiro lugar foi para Uruguaiana, pela obra SONHO E HERNAÇA DE UM PEÃO, de Rubens Borges Fialho e Adão Quintana Vieira, defendida por João Quintana e Grupo Parceria.

Para pensar: Um lugar que outrora fora palco da paz de uma grande guerra, só poderia ser bem sucedido na promoção de qualquer evento do bem, como os festivais nativistas gaúchos!   

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