Buenas e me espalho! E como consta no Livro Agenda Gaúcha 2024, informamos que no Dia 26 é dos Avós; Dia 27 do Despachante, do Motociclista, do Pediatra e Nacional da Preservação de Acidente de Trabalho; Dia 28 do Agricultor e Mundial de Combate as Hepatites; Dia 1º de agosto é do Cerealista e do Selo Postal Brasileiro. Agradecendo a Deus por poder escrever e ser lido, o invoco para dizer do – SINUELO DA CANÇÃO NATIVA.

 

Bem como tem sido no decorrer dos anos, esta coluna dedica na virada de cada mês, o tema publicado na abertura dos meses no Livro Agenda Gaúcha, que nesta edição homenageia os 50 anos e nativismo no Rio Grande do Sul, pelos 14 festivais pioneiros em atividade. Como agora está findando julho e agosto vem chegando a galope, é a vez de contarmos a história do festival de São Sepé, aonde eu estive várias vezes como jurado, (não de morte), mas como integrante do corpo de jurados, e, até uma feita fomos atração artística do SINUELO DA CANÇÃO NATIVA, evento do qual sinto grande saudade.

 

Pois não é que São Sepé, cidade de grande força tradicionalista, pensou em seu festival no ano de 1982, batizando-o de SINUELO DA CANÇÃO, em culto ao gado sinuelo, aquele que já manso na tropa ajuda conduzir os xucros.  Há quem diga que a expressão sinuelo, vem do latim, signum, referindo-se a marca, indicação, sinal, símbolo, que no espanhol se popularizou como señuelo. 

 

Ao regionalismo gaúcho brasileiro, essa palavra também simboliza valores de confiabilidade, qualidade e liderança, portanto, muito bem ocupada para nominar o festival campeiro, que inclusive acrescentou a palavra APARTE em referir-se da edição. Justamente porque o gaúcho usa essa expressão, quando vai retirar do plantel o melhor produto, o mais apurado para cria, venda, consumo ou tratamento sanitário, fazendo o aparte.

 

Daí seus idealizadores: Roberto Xavier Faria (que deu o nome  de batismo), José Paulo Lopes do Nascimento e Enilton Bolzan Ineu, apartaram outros companheiros e constituíram a Comissão Central Organizadora, que contou ainda com Dalton Farias, Gilberto e Salete Caramão, tendo os apoios de José Maria Picada – prefeito municipal, Zeno Cunha Brum – do CTG Índio Sepé e Flávia Machado da Rádio Cotrisel.

 

Até que o SINUELO DA CANÇÃO NATIVA (1º APARTE), ocorreu em janeiro de 1993, ganhando a marca de ser o 28º da série no Estado, recebendo 99 composições inscritas, vindas de 20 municípios rio-grandenses, tendo na pré-seleção apartadas 24 obras que subiram ao palco. Dessas, 12 foram classificadas, apartadas por um júri liderado pelo ilustre compositor, cantor, poeta, guitarreiro, apresentador de rádio e tv, Glênio Portela Fagundes, que compuseram o LP do evento, tendo como 1º lugar, A PAMPA E O DIA, obra de Vinícius Brum e Luiz Carlos Borges, interpretada por Vinícius e Maninho Brum.

 

Assim terra por onde viveu o líder Guarani, Sepé Tiaraju, transformou-se em poesia e canção, com profundas raízes no nativismo!

 

PARA PENSAR: Para evitar a invasão cultural estrangeira da década de 1980, fizeram os criadores do Sinuelo da Canção Nativa, como disse Sepé: Alto lá esta terra tem dono!

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